Pelo método adotado atualmente, cada "bebida quente" é classificada dentro de uma tabela e, sobre essas classes, há um teto de Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para cada produto. No caso dos vinhos, a tributação limite é de R$ 0,73 por litro. A partir de dezembro, não haverá mais teto nessas classificações e em cada bebida passará a vigorar apenas uma alÃquota. Nos vinhos, o percentual será de 10%.
O impacto maior será nos vinhos de mais valor agregado. Aqueles de até R$ 7 não mudam muita coisa, mas num exemplar de R$ 30, por exemplo, será cobrado R$ 3, quando agora está na casa dos R$ 0,70 - explica Julio Fante, integrante do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
A alÃquota de 10% será aplicada tanto nos vinhos nacionais quanto nos importados. Em algumas bebidas, a taxa chegará a 30%, como é o caso dos uÃsques. A nova medida para as bebidas faz parte de uma série de ações adotadas pelo governo federal para ter mais receita e equilibrar as contas públicas.
Foi um balde d'água fria, porque vÃnhamos conseguindo aumentar volume e qualidade, mesmo com a retração. Esse aumento no valor, sem dúvidas, vai nos trazer prejuÃzos, ainda mais em tempos em que o poder aquisitivo das pessoas está menor - avalia Fante.
Conforme o executivo, representantes do setor avaliarão os impactos que a medida irá causar e devem também procurar o governo para tentar negociar alguma redução na tributação. O Rio Grande do Sul representa cerca de 90% da produção nacional de vinhos.
Fonte: Pioneiro